23 de junho de 2012

Crônica da obra:


Prezada leitora e caro leitor, hoje lhes apresento minha crônica sobre a leitura do “O Livro do Mago” da Autora Parceira do Vendedor de Ilusão, a simpática e não menos criativa e talentosa escritora independente Paola Giometti Lombardi; vamos à apresentação:  


A escritora Paola Giometti Lombardi é natural de São Paulo – Capital; bióloga e mestranda da Universidade Federal de São Paulo, que publicou seu primeiro livro aos 11 anos, sendo considerada na época a escritora mais jovem do Brasil. Dentre seus títulos estão: A Guerra no Deserto, Noite ao Amanhecer, A Menina e a Árvore, A Menina e o Livro, e os seus mais recentes, publicados pelo Clube de Autores, são: O destino do Lobo, Drako e a Elite dos Dragões Dourados, e O Livro do Mago o qual tive o privilégio de ler e fazer minha crônica.




O Livro do Mago


Editora: Clube de Autores

Número de páginas: 384

Edição: 1(2012)
Gênero: Romance de Ficção


SINOPSE:
Duran Kaleb ainda era um jovem camponês quando foi atraído por seu próprio irmão a adentrar numa estranha caverna. Mas o que Kaleb não sabia era que aquela era uma armadilha que o levaria direto a Lúcifer como uma oferenda viva. 
Sozinho numa escuridão desencorajadora, ele percebeu que havia duas escolhas: Entregar-se à fome e à morte, ou prosseguir caverna adiante, determinado fortemente com o objetivo de salvar os seus pais e três ingênuos irmãos das perversidades do Grande Mal. Anos se passaram até que conseguisse finalmente encontrar a saída desta caverna, e acreditando estar próximo de reaver a sua família, descobriu que o mundo a sua volta não era mais o mesmo. Kaleb luta para vencer seus medos e escapar de legiões que caçam os não devotos à Lúcifer para castigá-los com uma morte dolorosa. Percorrendo desertos e cidades abandonadas, Kaleb se refugiará no Monastério dos Veldas onde aprenderá com mestres magos a verdadeira forma de se proteger da legião das forças malignas. Mas ao se ver enclausurado num mundo perverso e que o deixa prestes a desistir de seu intuito, Kaleb aprende que a Natureza é uma grande mestra, o transformando assim em um jovem aprendiz. E quando entende que a fé é a única maneira de levá-lo a salvo até seu destino, então ele descobre a verdadeiro caminho do mago.
Nesta obra prima, Paola Lombardi nos leva a uma profunda reflexão da capacidade que nós temos de não abandonarmos a nossa jornada frente às dificuldades. Aos poucos, Kaleb será capaz de nos mostrar que O Livro do Mago não é somente a sua própria história como também é o livro que despertará o verdadeiro caminho para o mago que há dentro de nós.



SUMÁRIO DA OBRA:
O livro começa suscitando estarmos nos primórdios da época medieval, com suas lendas, mistérios, enigmas e magias; com Kaleb – o protagonista, comentando sua estranheza de serem proibidos de se aproximarem de uma caravana de Magos que todos os anos, naquela mesma época, passava com destino ignorado. Ao lado de Alurin – seu irmão mais novo, mirando a comitiva de magos com seus cavalos desaparecer, ouve Alurin mais curioso ainda indagar para onde iriam aqueles homens. 

“Imagino que vão para o outro lado do mundo, onde o planeta faz uma imensa curva em direção ao seu próprio eixo... Lá onde os homens buscam a sabedoria da grande Aurora Boreal”. Pág. 15

Depois disso, Alurín, após longo silêncio, acaba confessando estar temeroso com seu irmão mais velho, – Melzack, por sair quase toda noite indo a um lugar chamado Cemitério dos Anjos das Trevas e que voltava com arranhões feitos pelas garras do próprio diabo. Com isso, Kaleb passa a prestar mais atenção em Melzack – irmão um ano mais velho, já achando que ele poderia realmente estar envolvido com alguma coisa maligna. Na madrugada da manhã seguinte, Kaleb acorda e vê Melzack saindo de casa; sorrateiramente o segue por horas, até que o vê entrar em uma grande gruta. Curioso, continua seguindo e adentrando em uma longa e sinistra caverna. Não demora, perde o irmão de vista naquela escuridão. Dali a pouco, vê um vulto caminhar e uma face branca e estranhamente medonha se revelar na escuridão: era Melzack com aparência demoníaca. Com isso, logo lhe vem à mente que aquilo era uma armadilha e que sua família corria perigo. Instantes mais, mesmo tentando argumentar e gritar com o irmão, Melzack desaparece por entre as entranhas da caverna. Depois de muito esforço, na escuridão da caverna, percebendo vultos de criaturas deslizando ao seu lado, consegue localizar uma saída. Ao sair, caminha horas sob sol escaldante por caminhos nunca vistos, até que chega a uma cidade abandonada, – em ruínas. Cansado, procura um canto para recostar e descansar e lá adormece; quando acorda entram outros personagens: Um menino, sua mãe e o pai. Ao indagar onde está, fica atônito com a resposta do homem lhe dizendo que estava no deserto de Padian em Aliotera, lugar que ele jamais ouvira falar. 
Perplexo com tudo, já começa achar que ter atravessado aquela caverna e o poder de Melzack o levaram àquilo. E fica horrorizado com as afirmações da mulher ao dizer de que viviam há anos naquele lugar sob o domínio do medo com as presenças constantes da Legião de Lúcifer, já implorando a ele que ao ir levasse consigo seu filho Rodin. 

Na manhã seguinte, sai acompanhado pelo menino e evita, como orientado pelos pais do garoto, lugares que houvesse água, pois a água atraía os servos do Grande Mal. Depois de caminharem muito, exaustos, quase ao anoitecer, Kaleb apavorado, ouve uivos de pôr medo, e se atemoriza com um vulto indo em direção ao garoto; nisso só sabe cerrar os olhos e rezar. 

“Meu Senhor... Esteja neste momento ao nosso lado. Eu não preciso vê-Lo, mas posso senti-Lo dentro de mim... Sua força corre pelas minhas veias, Sua vida é meu sangue, minha fé é minha certeza de que estás comigo... Um servo jamais poderá servir a dois Senhores. E eu O escolho como o Meu Senhor”. pág 44

Ao abrir os olhos o espírito das trevas havia se afastado; além da preocupação da guarda do menino tinha agora outra: voltar o quanto antes para livrar sua família do Mal, e assim continua caminhando até que chega ao anoitecer a uma cidadela. Lá já debate em duelo com um espírito do Mal, – um servo de Lúcifer, de quem também acaba se livrando. As suas surpresas atemorizantes crescem e se dão em cada local que passa e com quem encontra e, muitas vezes, tendo de combatê-las, até que chega a uma cidadela que lhe encanta, não só pela beleza do lugar – parecendo um oásis no meio do deserto, mas pela forma amistosa que são recebidos. Toma conhecimento que estão em Eadwine onde são atendidos pelo conselheiro da cidade. Ao contar-lhe da sua aflição em salvar sua família ouve de que não estava ainda preparado para enfrentar o Mal, pois os servos de Lúcifer habitavam todos os mundos e de que a maior força para Lúcifer entrar num mundo, era a fraqueza do ser humano.

“Você não pode proteger sua família se ainda não pode se proteger. Existe um monastério a alguns quilômetros daqui. Lá, você e Rodín estarão protegidos. Os monges poderão ensinar-lhes a se protegerem da Legião, e como encontrarem um portal para que possa voltar para sua família”. Pág.67 

No dia seguinte, cavalga por horas até que chega ao Monastério dos Veldas onde sábios monges habitavam. Lá, permanece por dias recebendo, encantado, os ensinamentos de um velho e sábio mestre de como se livrar dos poderes de Lúcifer. A cada dia que passava se admirava com os ensinamentos e orientações que recebia não só do velho mestre, mas também de outros tantos que lhe ensinavam de alquimia até artes marciais. Kaleb se empenhava tanto para aprender que acabou sendo considerado como um jovem mago. Tempos mais, junto com outros tantos jovens magos guerreiros, combate hordas de servos de Lúcifer; sem trégua, com muita determinação e coragem enfrenta os demônios. Foi uma luta árdua, porém a fé foi maior e aparentemente acabam vencendo e se livrando dos espíritos do Mal, todavia, não era nada disso, era uma armadilha que apesar de tudo deixava um saldo irreparável: tudo destruído e dentre tantos mortos e feridos jazia seu grande mestre. Inconformado e desprevenido, se dá conta que estão em uma emboscada com a Legião os cercando e outra vez os atacando. Sem alternativa, só pôde sair correndo para se proteger, quando é atingido pelas costas vindo a desfalecer. 

Aqui termina a primeira parte dessa história, sendo retomada no Capítulo 21 de forma surpreendente com Kaleb contando estar em um novo despertar, – era um bebê outra vez. Já não era mais Kaleb, seu nome agora era Páladin Lockwilly filho de família nobre e poderosa, donos de muitos feudos no centro de Aliotera. Os anos foram passando, mas ele não esquecia a necessidade de salvar sua família das garras de Lúcifer. Criado com muita atenção por essa sua nova família tem a oportunidade de crescer com sabedoria aprendendo muito sobre as artimanhas do demônio, já sabendo, no íntimo, de que quando completasse vinte e três anos haveria de partir. Num dado dia isso acontece e Kaleb – agora como Páladin – vai em direção a Zahed em busca da sua família, afoito, com muita ansiedade e, ao mesmo tempo, carregado de dúvidas cruciais: como seria reconhecido pela família depois de tanto tempo? Teria Melzak se transformado em um servo de Lúcifer? O que seria dos seus? Como estaria seu querido irmão Alurín? Daquele momento em diante, nessa empreitada, vive na companhia de outros, fatos inusitados e assombrosos lhe dando mais experiência ainda. Por coincidência encontra o menino Rodín, – agora um velho, e não podia, é evidente, se identificar como sendo Kaleb, entretanto, percebia a confiança que o homem depositava nele mesmo sem conhecê-lo, e com isso ele se sentia bem pelo fato de ter cuidado dele no passado. A presença de Rodín reforçam suas lembranças de quando estivera no Mosteiro dos Veldas, dos seus jardins e de Zahed onde vivia sua família. Daqui pra frente, o livro trás, em cada capítulo, descritivas e narrativas surpreendentes, carregadas de misticismo, muitas delas atemorizantes e outras tantas agradáveis, culminado com um final extraordinário. 

MINHA OPINIÃO:

Trata-se de um livro simplesmente fenomenal, de criatividade impar, enfatizada já no seu início pelo mapa ilustrativo e imaginário da região onde as coisas se desenrolam. Que explorando um tema inusitado e não usual, com narrativas soberbas, acaba trazendo consigo fortalecimento da fé e, mesmo que indiretos, dando bons aconselhamentos, sem falar nos diálogos que são merecedores de elogios. Uma obra impecavelmente escrita, com cada capítulo enunciado em requitadas letras góticas e com formatação de espaçamentos adequados, o que entusiasma ainda mais sua leitura. Quem gosta de uma história forrada de mistério, enigmas, surpresas infindáveis e muita ação, não pode deixar de ler “O Livro do Mago”, pois é, realmente, uma obra admirável e muito atraente, que julguei excepcional, – magnífica.
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Agradeço a autora à confiança depositada no Vendedor de Ilusão por ter enviado seu livro oferecendo a oportunidade e o prestígio de realizar essa minha crônica. 

Espero que tenham sido atraídos pela obra da autora e gostado da minha crônica.
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Visitem o site da autora clicando aqui onde poderão adquirir o livro ou na coluna:

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