15 de novembro de 2012

O que inspirou "O Protegido":

 
Prezada leitora e caro leitor, desta vez explico como e de onde veio minha inspiração para escrever minha segunda obra: “O Protegido...”; vamos lá: 






"O PROTEGIDO..."


Editora: Clube de Autores

2ª Edição: 2012

ISBN:  978-85-912892-8-8

Nº de páginas: 466







De onde veio minha inspiração:
Nesta minha segunda incursão na arte da literatura, resolvi continuar escrevendo a história do mesmo menino do “A Turma do Barreio”, já que me eram fortes as lembranças do passado por ter ficado atônito,  admirado e até inconformado com as atitudes daquele garoto. Não era pra mim, na época, normal compreender e aceitar o que ele fez.
Como podia um garoto acostumado e afeito a “encrencas”, briguento que só ele, desobediente, sem dar a mínima importância aos seus pais, aprontando de tudo e por todo lado junto com seus amigos, e que não respeitava ninguém, mudar de uma hora pra outra? Eu não podia compreender de jeito nenhum, não entrava na minha cabeça de que ele havia resolvido ingressar no Seminário. Era irônico e ao mesmo tempo hilário, ainda mais por ser de sua espontânea vontade e desejo, – só podia ser brincadeira, não podia ser outra coisa.
Justo aquele garoto queria ser padre? O que estava acontecendo afinal? Tinha ficado louco ou o quê? Ou será que havia sido motivado por outra coisa? É!... Essa era uma pergunta, que já na época eu me fazia. Talvez fosse uma fuga, uma forma de se livrar dos desencantos. Mas enfim, ele acabou ingressando no Seminário. 
Não demorou muito, minha impressão de que ele agiu usando tudo como fuga foi ratificada; meses depois, fiquei sabendo que ele havia deixado o Seminário, – fugiu sem mais, e o pior e mais ousado: ele não voltou pra sua casa, abandonou a família e foi viver sozinho, sei lá onde? Ninguém sabia, simplesmente desapareceu!
Passado alguns meses, através de amigos meus, fiquei sabendo que ele vivia em um “cortiço” na Barra Funda – pra quem não conhece, trata-se de um bairro da capital paulista; alguém, não se sabia quem, lhe deu guarida e proteção e, por lá, ele levava a vida, não dando nunca mais “as caras” onde morou e muito menos à sua família.
Os anos foram passando e, de tempos em tempos, eu ouvia comentários sobre a vida que levava aquele menino, que já não era mais um menino, era na época, assim como eu, um rapaz.  Diziam que continuava agindo e sendo ousado da mesma forma de sempre, agora com andanças pela noite, envolvido com malandros de todo naipe, todavia, com uma diferença: com a proteção e amparo que recebia, mesmo sendo de pessoas humildes e pobres, ele retribuía se dedicando com afinco ao trabalho e aos estudos. Era de admirar saber isso! Além do que, de admirar ainda mais, de causar perplexidade, admitir sua coragem, determinação e firmeza de ter abandonado tudo e todos para enfrentar a vida sozinho.
Nunca mais o vi, entretanto, por ter-me impressionado com sua ousadia e determinação, passei a imaginar, já na época, que tipo de vida podia ele levar? Se quando menino era um “arteiro”, o que então fazia ele?
E foi assim que nasceu esta história e assim escrevi “O protegido...”.          
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