6 de janeiro de 2012


O Amor e suas Armadilhas...

Editora: Clube de Autores.
1ª Edição, 2011.
ISBN:  978-85-912892-4-0
Nº de páginas: 358
Sinopse:

A paixão não dá aviso muito menos manda recado, não tem dia nem hora, – quando ela vem ela vem, e não ainda relutar, pois não se esquece nem querendo, já impondo e mandando no coração; foi o que aconteceu nesse romance.
Romance que narra à história de Carlos um jovem arquiteto recém-formado, que em busca do seu primeiro emprego, caiu arrebatado se apaixonando à primeira vista só em ver a beleza e a formosura de Helena. Por ironia do destino, Helena, além de casada, sem que soubesse, era simplesmente a dona do escritório de engenharia no qual ia trabalhar. Mas aí já era tarde, – já era um apaixonado...
Discorre sobre suas dificuldades em tentar camuflar seu sentimento, pois, além de tudo, foi trabalhar justo com ela... Com isso, mesmo com o coração ardendo em chamas, o que lhe restava era suportar calado, se dedicando ferrenhamente à sua atividade, e o fez com tal empenho culminando em extremo sucesso profissional.
Como era um jovem muito atraente, – bonito por assim dizer, assédio era o que não faltava, com isso acabou tendo seus casos, aliás, diversos e simultâneos; não que quisesse, – era como a necessidade de respirar pra viver, porém relacionamentos que exaltavam a sensação de estar numa arapuca, – de ser testado pelo destino, de que vida brincava com ele, já que seu coração era só de Helena e de mais ninguém.
Carregado de ilusão, resistindo para não se deixar cair nas armadilhas do amor, mesmo magoado por não ser correspondido, foi vivendo seus dias persistindo, pois lhe dava muita e não apagava a esperança de um dia tê-la e ser dela...


Primeiras páginas.

CAPÍTULO UM

            Já passava bem do meio dia, – sol forte; verão de muito calor, parecendo que pela tarde chovia; todo suado de tanto caminhar, lá ia ele, além de sentir dores nas pernas de tanto andar, preocupado com a aparência; mesmo carregando o paletó no ombro, sentia a camisa grudar já molhada pelo suor. A gravata incomodava apertando o pescoço.
            Andava desviando das pessoas e, por vezes, quase trombando com algumas. Gente por todo lado, pra cá e pra lá, num movimento frenético, e outras, que se aglomerando pelas calçadas, encostadas nas paredes ou apreciando as vitrines das lojas, dificultavam andar, chegando a dar irritação ter que sair da calçada e pelas ruas andar e, por causa dos carros, voltar pra calçada outra vez. Estava no centro da cidade. Havia muito movimento e muito tráfego; subia ruas de calçadas íngremes e de paralelepípedos, – tão ruins de andar, que o sapato chegava a escorregar ao nelas pisar.
            Ia ofegante, – respirava até com dificuldade, mas não tinha outro jeito a não ser caminhar a passos largos; receava chegar atrasado, e isso ele não queria. Tinham lhe agendado uma entrevista, – entrevista de emprego, por isso, não podia se atrasar. A cada passo, além do cansaço, a tensão aumentava; depois de todo esforço, e vencer muitas dificuldades, terminou a faculdade, e aquela era sua primeira oportunidade de emprego.
 

CAPÍTULO DOIS 
              Preocupado em não encontrar o lugar, já caminha atento e tenso olhando com avidez os números nas paredes dos prédios; pela numeração não faltava muito e, continuando, logo em seguida já pôde ver onde deveria entrar. Parado na calçada observa – do outro lado da rua – a enorme porta do prédio com muitas pessoas nela paradas. Atravessa a rua e vai entrando: um grande saguão de paredes revestidas em mármore acinzentado e piso de granito na mesma cor; grandes lustres pendem do teto. Lá, muitos, aqui e ali, conversando; nos fundos, duas portas dos elevadores e ao lado um balcão de atendimento.
              Aproxima-se do balcão com o suor correndo pela testa e sentindo o frescor do ambiente, – ar condicionado. Alguns estão sendo atendidos, – um aglomerado de pessoas. Ali aguardando a vez de ser atendido, olha o relógio na parede ficando até irritado quando vê as horas. “Nossa, como é cedo ainda!... Mas..., melhor assim, ao menos não chego atrasado!” – pensa isso e se dá por confortado...
              Demora ser atendido, causando até impaciência, todavia, se conforma – são muitos que por lá estão; mas por fim, um atendente se desocupa e se aproxima dele.
              — Pois não! – perguntou o atendente. Aonde vai?
              — Boa tarde! – respondeu. Vou ao nono andar!
              — Ah!... – exclamou o rapaz. No escritório de engenharia?
              — Isso mesmo! – disse ele.
              — Pode me dar sua identidade, por gentileza!
              Tirando a carteira entrega o documento e fica observando a pessoa escrever preparando um crachá pra ele. Minutos mais, com o crachá na mão, agradece.
              — Muito obrigado! Você é muito gentil! Mas será que haverá problema, eu subir mais tarde? Cheguei muito cedo!
              — Não!... Já tem o crachá. – disse o atendente. Pode subir a hora que quiser! Basta me dizer pra eu comunicá-los! Só isso!

             
— Ótimo! Obrigado! Por favor, onde tem um banheiro?
              — Entrando por essa porta! – apontou o atendente.
              — Muito obrigado! – agradeceu e sai olhando curioso o crachá nas mãos; desviando das pessoas vai ao banheiro.

 
CAPÍTULO TRÊS

           
Entra no banheiro e, na pia, frente a um enorme espelho, fica se olhando ainda com o paletó no ombro: todo suado e o rosto corado pelo esforço da caminhada. Se olhando, respira fundo aliviado por não estar atrasado, – tem tempo; isso dá certo conforto... 
             Pendura o paletó num cabide e ainda se olhando, arregaça as mangas da camisa, afrouxa o nó da gravata e desabotoa o colarinho. Abrindo a torneira, sentindo o frescor da água nas mãos, começa a lavar o rosto, – tirar o suor. Depois de se enxugar e se olhando pelo espelho, a tensão volta provocada pelas dúvidas da entrevista. “O que será que vão me pedir?” Com a tensão, fica carregado de ansiedade, temeroso e apreensivo, não vendo à hora de que aconteça e que tudo acabe, – a impaciência toma conta dele...
              Termina de se pentear, ajeita a gravata, e enquanto se olha como se inspecionando, imagina. “O que será que vai rolar?... Tomara que eu me dê bem!... Mas..., seja o que Deus quiser!...” Veste o paletó se olha outra vez no espelho, ajeita a gravata e sai.
              Novamente no saguão, – olhando o relógio – fica em dúvida se sobe ou não; é cedo demais para subir, então vai até a porta e de lá, olha o movimento na rua.
      
            Além do café da manhã, não comeu nada e já sente fome. Pensa em sair pra rua buscando um lugar, mas se retém receoso com o horário, – de se atrasar e perder a hora e não era inteligente fazê-lo, era preferível ficar com fome ao invés de perder a hora. “Deixa pra depois! Depois da entrevista, encontro um lugar e como qualquer coisa!...” – pensa isso e vai ficando por ali observando os muitos que, pela calçada, transitam num vaivém agitado e ininterrupto. Distraído e entretido vendo o movimento, por vezes algum, ao sair, esbarra com ele parado na porta; isso, além de perceber que atrapalha, faz pensar, mesmo sendo cedo, em subir.   
             
CAPÍTULO QUATRO

            
Retornando toma o elevador. O elevador para: é o nono andar. A porta abre, e ao sair, vê a recepção luxuosa e espaçosa do escritório: piso acarpetado, paredes em madeira castanho-claro envernizada; grandes vasos ornamentam os cantos; muitas poltronas de cor escura com alguns sentados aqui e ali; mais ao fundo, numa grande escrivaninha, uma moça, – uma atendente; vai até ela. 
              — Boa tarde! Em que posso servi-lo? – perguntou a moça se mostrando gentil e sorridente.
              — Boa tarde! – disse ele. Gostaria, por gentileza, de ser anunciado ao senhor Américo! Tenho uma entrevista marcada!
              — Ah, sim! Por acaso o senhor é Carlos?
              — Sou sim! Por quê? – perguntou surpreso.
              — Porque o engenheiro Américo teve um imprevisto e pediu pra avisá-lo que demora e, se o senhor quiser, podemos agendar pra outro dia! O que acha?
              — Mas..., demora muito?
              — Disse que, talvez trinta quarenta minutos, não mais!
              Fica pensativo, e nesse intervalo encosta na mesa alguém pedindo pra ser anunciado. “Voltar outro dia?... Depois desse sacrifício todo?... Não, vou ficar!” – decidido aguarda que a moça termine de atender o outro e na primeira oportunidade vira pra ela.
              — Desculpa, senhorita! Mas como cheguei adiantado, se puder, prefiro esperar!
              — Ora, sem problema! – disse a moça. O senhor é quem sabe!
              — Prefiro esperar, sim!
              — Tá bom! Então, por favor, me aguarde acompanhar esse senhor que em minutos volto! Não quer se sentar? – perguntou toda atenciosa. 
   
             — Obrigado! Você está sendo muito gentil! – respondeu e se dirige a uma das poltronas; sentando observa a moça abrir uma porta acompanhando o outro por um comprido e largo corredor, em seguida vê a porta ser fechada. Pega uma revista e fica folheando... Mais uns minutos, a porta abre e a moça aparece. Não deixa de notar é claro, ser uma moça bem vestida e muito bonita. Entra sorridente caminhando até ele mostrando uma gentileza que nem ele acredita se merece aquela atenção toda.
 

Um comentário:

Anônimo disse...

Li essa sinpse num blog, e relendo parecia outra, outra história ainda mais intrigante. Amei a capa, me lembra um pouco A Rosa do Inverno da Meg Cabot, a sinope e a narrativa mais uma vez me cativaram.
Raquel Miranda
Nós e Livros (@noselivros)