5 de fevereiro de 2015

Contos



Prezada leitora e caro leitor, em função da falta de energia elétrica que ocorreu cá pelas minhas "bandas", o post de hoje sai com relativo atraso, mas mesmo assim, como antes, espero que gostem deste outro Conto da minha autoria. Com vocês o:



No início dos anos setenta, época conturbada politicamente falando, com regime autoritário e repressivo de uma ditadura militar, Eduardo, um vestibulando com seus dezessete pra dezoito, ganhou uma de suas mais abismáveis experiências, de deixar estupefato e incrédulo, talvez a maior dentre todas; experiência ao ter conhecimento de algo surpreendente ocorrido com uma pessoa a quem ele achava ser de nível intelectual admirável, surpreendentemente inteligente e capaz, mas nunca que fosse um destemido como se mostrou ser, fato que acabou lhe calejando o espirito por causar tamanha surpresa decepcionante e, ao mesmo tempo, intrigante.
Tempos antes do ocorrido, Eduardo, preste a fazer o vestibular e completamente inseguro pra tal, introvertido que só ele, levado por um inseparável amigo em quem confiava cegamente, frequentava um local que era na época ponto de encontro da juventude da sua cidade: um pequeno restaurante onde os jovens – rapazes e moças – se encontravam durante as noites no período das férias escolares e aos finais de semana para bate-papos, se distraírem, fazer novas amizades e coisas assim...
Ele não se sentia nada à vontade indo a esse local, era como se fosse obrigado pelo amigo, pois Décio – o amigo, além de extrovertido e de ter amizade ou conhecimento com muitos, era também filho de gente de posse e por isso, talvez, não tinha ou pelo menos não demonstrava o menor receio de frequentar um ambiente tão seletivo, onde somente jovens de família tradicionalista, burguesa, de nível social alto costumavam ir. Eduardo, ao contrário, não era nada disso, ansiava fervorosamente ingressar à Universidade para se tornar alguém na vida e acabava, mesmo muito retraído, indo para não desagradar e nem fazer desfeita ao amigo e assim estavam sempre juntos por lá.
Na verdade, o tal restaurante servia pratos rápidos – lanches e quitutes para acompanhar os drinques – alcoólicos ou não. O ambiente com decoração simples, porém de bom-gosto, era em um salão estreito e longo com mesas dispostas nas laterais dos dois lados deixando como num corredor central a passagem para os fundos onde havia um balcão de bar com estantes e bebidas expostas, além de uma entrada lateral onde funcionava a cozinha e as toaletes.
Nas noites, os jovens, além das costumeiras e inevitáveis “paqueras”, “bate-papo” e da balburdia causada pelo falatório e agitação, também tinham o costume de se entreter jogando xadrez uns com os outros, – haviam diversos tabuleiros de xadrez espalhados aqui e acolá pelas mesas.
Como em qualquer pequena cidade de interior os jovens, quer queira quer não, se conheciam pelo menos de vista e acabavam formando “batotas”, se reunindo quase sempre nas mesmas mesas; alguns chegavam, muitas e não raras vezes, juntarem as mesas pra ficarem mais próximos uns aos outros para, assim, poderem conversar e tudo mais.
Numa dessas, logo na entrada, era costume sentarem-se quase sempre os mesmos rapazes e lá conversavam entre eles, por vezes, em tom tão alto, que chegava irritar, mas enfim...
Numa noite, concentrado no tabuleiro de xadrez tendo o amigo como seu adversário, Eduardo começou a se irritar com o falatório que ouvia vindo da mesa dos rapazes e já muito invocado perguntou ao amigo:
— Quem é aquele cara que fala tão alto?
— Você não conhece?... – exclamou o amigo com ar de inocente e de espanto, obrigando a ele dar uma “patada”.
— Se conhecesse por que iria perguntar, seu idiota? Se pergunto é porque não, o que acha? – disse ele invocado apesar dos risos.
— Ah, vai!... – replicou o amigo também rindo.
— Ah, vai, o quê? – insistiu ele. Conheço de vista, mas nunca falei e nem sei quem é?
O amigo movendo uma peça no tabuleiro, sem olhar para ele, comentou:
— Puxa!... Pensei que você conhecesse. Todo mundo sabe quem é o Roberto.
— Ah, é?... E por quê?
— Porque ele é um estudante de Filosofia.
Eduardo achou a resposta estúpida e riu-se zombando do amigo de forma irônica. 
— Não diga?... Grande coisa!... Só porque estuda Filosofia, pode ficar falando alto como se fosse o Rei da Cocada Preta? Ah, tenha dó!... Ele quer é chamar atenção, isso sim!
O amigo de braços cruzados olhando pra ele retrucou:
— Se ele quer chamar atenção eu não sei! Só sei que é muito conceituado; todos lhe têm respeito.
Eduardo admirou-se.
— Respeito?... Como assim?...
— Pra que tenha uma ideia da capacidade dele, além de ter sido o primeiro colocado no vestibular, por quatro anos consecutivos ele é eleito o melhor aluno do Campus.
Agora ele se admirou de fato, exclamando:
— Puxa vida!... Então o cara é bom mesmo!...
— Bom?... – indagou o amigo ironizando e complementou. Põe bom nisso! Você tinha que falar com ele para se certificar da sua inteligência. Quer que eu lhe apresente?
Retraído, acanhado e introvertido como era, ele imediatamente refugou: 
— Não, hoje não! Outra hora, talvez.
Falou e continuou sem silêncio olhando as peças no tabuleiro estudando o seu próximo lance. Porém, mesmo estudando que peça mover, ele não deixava de pensar:
“Caramba!... Esse cara deve ser inteligente mesmo!... Fala pelos cotovelos, mas não posso negar que deve ter predicados inquestionáveis.”
Pensou e depois de mover uma peça, continuou em silêncio aguardando o amigo jogar; enquanto isso, pensava:
“Primeiro lugar em tudo?... Veja você?... E eu, idiota que sou, nem sei se vou conseguir passar no vestibular?”
Pensou e dali a pouco lhe vieram dúvidas. 
“Mas, vem cá! O que fará esse cara depois de formado? O que faz um Filósofo de prático, afinal?
Na dúvida, ele perguntou ao amigo:
— Você sabe o que faz um Filósofo?
O amigo rindo, já esperando outra “patada”, respondeu:
— Você não sabe?... – perguntou irônico e vendo a cara de Eduardo continuou brincando. Um Filósofo filosofa, o que queria?
— Ah, deixa de graça vai!... – disse ele. Você também não sabe e fica de brincadeira? Refiro-me à atividade, no que trabalha, o que faz, se tem campo para desenvolver sua profissão, é isso o que quero saber.
— Desculpa, eu também não sei! – respondeu o amigo rindo. Mas por que pergunta?
— Ora! Se ele é um cara tão inteligente, deve ter escolhido essa opção por alguma razão. Como vai viver depois de formado?
— Não sei! Penso que ele vai lecionar, ou escrever para algum jornal ou revista, sei lá?...
Eduardo riu-se e afirmou:
— Não tem cabimento o que disse!
— Por quê? – indagou o amigo olhando com espanto.
— Porque ia optar por Licenciatura ou Jornalismo e nunca por Filosofia.
O amigo ficou lhe olhando parecendo pensar, depois falou:
— Tem razão! – afirmou e ficaram os dois calados olhando as peças no tabuleiro.
Instantes mais, coincidentemente, o tal Roberto ia passando pela mesa dos dois em direção à toalete e parou pondo a mão no ombro do amigo se expressando em tom animado.
— Oi, Décio! Como vai você?
O amigo por estar entretido no jogo levantou os olhos espantado.
— Olá, Roberto!... Que susto!... – disse rindo e continuou ainda aos risos. Estou bem e você? Deixa-me apresentá-lo ao meu amigo.
 — Não! Agora não! – disse Roberto se mostrando apressado. Depois você apresenta. Agora vou à toalete senão faço nas calças. – falou e saiu rindo.
Momentos mais retornou e nem sequer perguntou se podia ou não: puxou uma cadeira e sentou-se ao lado deles dois falando:
— É aí? Como vão as coisas?
— Tudo bem! – respondeu Décio e continuou. Deixe-me apresentá-los, esse é Roberto e ele é meu amigo Eduardo.  
— Prazer! – disseram os dois na troca de aperto de mãos.
— Quer tomar alguma coisa? – perguntou Décio logo em seguida.
— Não! Não se preocupa! Logo volto à minha mesa. Mas é aí? Vai prestar o vestibular? – perguntou Roberto.
— Pretendo sim! – respondeu Décio.
— E para o quê? – indagou Roberto.
— Ainda não estou muito certo. Acho que vou optar por Engenharia. Aproveitando, o meu amigo e eu ficamos curiosos com você. Por que você optou por Filosofia?
— Porque Filosofia é tudo, meu caro! – respondeu rindo.
Eduardo já interpelou:
Desculpe a minha ignorância! Mas como assim?
Roberto lhe olhou com ar de espanto, mas sem tirar os risos, e respondeu:
— Eu lhe digo o porquê. Filosofia é uma palavra grega que significa "amor à sabedoria" e consiste no estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais, à mente e à linguagem. Entendeu?
Rindo, ele respondeu:
— Não! Não entendi absolutamente nada!
Também rindo, Roberto continuou:
— Filósofo é um indivíduo que busca o conhecimento de si mesmo, sem uma visão pragmática, é movido pela curiosidade e sobre os fundamentos da realidade. A filosofia é intrínseca à condição humana, não é um conhecimento, mas uma atitude natural do homem em relação ao universo e seu próprio ser. Deu pra entender agora?
— Menos ainda! – disse ele rindo e complementou já mais sério. Mas o que faz um filosofo afinal? Onde e como trabalha? Tem campo para um filosofo trabalhar? O que fará você depois de formado?
— O que farei?... Eu sei lá?... Confesso que nem pensei nisso ainda. Depois eu irei pensar. – falou e vendo os acenos dos amigos da sua mesa, concluiu. Bom! Foi um prazer! Estão me chamando, depois conversamos mais. – disse isso, levantou-se e foi saindo deixando os dois. 
Logo em seguida o amigo lhe perguntou:
— E aí? O que achou?
— Não achei nada! Fiquei com mais dúvida ainda. Não entendi patavina.
— Como assim?
— Ora, você não vai dizer pra mim que entendeu! E se disser é conversa mole. E aqui entre nós, não dá pra entender um cara tão inteligente, não se preocupar com o futuro. Ele é filho de rico, por acaso?
— Não! Que eu saiba, não!
— Que coisa?... O cara nem sabe o que irá fazer. Como é que pode?
— É! Também não sei!
Depois dessa noite, os dias passaram e com eles o tempo. Já se aproximava a época do vestibular e os dois a há tempos não iam ao restaurante, – estudavam com afinco e nem saibam o que por lá se passava.
Numa noite, como qualquer outra, os dois estudavam juntos na casa do amigo e Eduardo enfastiado de estudar propôs:
— Décio, vamos sair um pouco pra arejar a cabeça!... Estou cansado de estudar. 
— Vamos, sim! – concordou o amigo e completou. E vamos onde?
— Não sei! Que tal irmos ao restaurante e jogar um pouco de xadrez?
— Não!... Lá não!...
— E por quê? – indagou estranhando. 
— Um amigo disse que lá, hoje em dia, até as paredes têm ouvidos.
Eduardo entendeu menos ainda e riu-se.
— Ah..., que conversa é essa?
— Você não soube? – indagou o amigo. 
— Soube o quê?
— Que os militares andaram prendendo alguns por lá?
— Prendendo?... – exclamou admirado.  
— Prendendo, sim senhor! Três ou quatro, nem sei ao certo, foram presos por serem considerados agitadores políticos, terroristas em outras palavras. Lembra-se do Roberto?
— Sim, me lembro! Por que perguntou?
— Porque ele também foi preso!
— Não diga?...
— É! A coisa não está pra brincadeira, não! Melhor ficarmos no nosso canto e evitar ir onde podemos ser confundidos, sabe lá?
— Verdade! Depois pra provar que “focinho de porco não é tomada” é que são elas.
Depois da conversa, eles nem sequer saíram, preferiram ficar estudando...
O tempo passou, o vestibular chegou, eles prestaram exame e felizmente conseguiram ingressar à Universidade, mas os tempos eram difíceis, muito complicado, com agitações de cunho político, ditas de esquerda, eclodindo por todos os lados do país, com retaliação e represálias por parte dos militares gerando insegurança e distribuindo pavor por todo canto, principalmente aos estudantes que, involuntariamente, abrigavam no seu seio um grande número de agitadores políticos e terroristas.
Num dado dia, vendo o noticiário da televisão, Eduardo ficou estupefato, não acreditando como era possível aquilo: os terroristas ao sequestrarem alguns membros do governo os ameaçavam de morte caso não fosse atendido o pedido para libertarem alguns dos seus. Em troca disso, – da libertação dos sequestrados, os terroristas exigiam também o salvo-conduto e os meios de transporte para os seus correligionários poderem imigrar para Cuba.
Todavia, apesar da notícia de escandalizar divulgada pela impressa, o que mais surpreendeu Eduardo foi saber, dias depois, através dos “fofoqueiros” da cidade, que no meio dos terroristas presos que foram para Cuba “cortar cana” – como diziam ironicamente, estava Roberto.
Era, pra ele, de abismar saber que uma pessoa com nível intelectual admirável, inteligentíssimo, estudante brilhante, com futuro auspicioso pudesse ter se envolvido com coisas ou causas de consequências desastrosas, ratificando a sua impressão de que o rapaz só podia ter agido como agiu por estar às raias da insanidade ou então ser um convicto destemido.  

* * *

Esperando que o Conto lhes tenha sido do agrado, desejo a todos um excelente e proveitoso resto de semana. Abraço e até a próxima! 
______________________

22 comentários:

Marina Filgueira disse...

¡Hola, Maestro!

Buena tarde aquí en Galicia: ¿no sé en Brasil?... será aún de noche? Házmelo saber.
Bien estuve leyendo el texto que se hace un poco largo para mí. Al no entender correctamente en idioma, me lleva mas tiempo leo despacio.

Me ha gustado le historia de Eduardo y Roberto: Claro está que en tiempos de dictaduras todo es más difícil y complicado. Y fácil es envolverse en compañías desagradables que pueden causar verdaderos problema.
Ha sido un placer pasar por tu espacio y leerte. Te dejo mi felicitación, mi gratitud y mi estima siempre.
Feliz fin de semana.

JAIRCLOPES disse...

Soneto-acróstico
Ao Conto

Já esperávamos por isso novamente
Registro de alta qualidade em letras
Conta um conto JR e não nos mente
Outra excelente obra, nenhuma treta

Nele, com acurácia sem subentendido
Trata de repressão, mas não somente
Alude à filosofia que faz todo sentido
Une ambas e mesmeriza toda a gente.

Mordente tema enquanto muito sagaz
Conduz a um final aflitivo um quanto
Onde pensar sobre escolhas nos faz.

Nada que transcenda o tempo entanto
Também hoje acontecer é bem capaz
Ofídios no Patropi ainda geram encanto.

Shirley Brunelli disse...

Olá, Viviani, gostei de mais esse conto, e gostei também da dupla de amigos, bastante comportada.
Beijo!

Cidália Ferreira disse...

EXCELENTÍSSIMO TEXTO!

Beijinhos

http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Elvira Carvalho disse...

Naqueles tempos a vida era difícil mesmo, para os estudantes que contestavam o governo. Passava-se cá o mesmo antes do 25 de Abril. Muito bom o conto.
Um abraço

Laura Santos disse...

Um belo conto, sobre os tempos difíceis da ditadura militar. Mas será que os presos eram mesmo comunistas ou rapazes com ideias de liberdade e justiça?...Em tempo de ditadura, a liberdade de expressão não passa de afronta ao regime.
A diferença entre os que se mantêm ordeiros, acatando os ditames do regime, e os que não se conformam, pondo em risco a própria vida.
Gostei muito.
xx

Carmen Lúcia.Prazer de Escrever disse...

Um conto para lembrarmos dos momentos bem difíceis que passamos.
Muito lindo amigo Viviani.
Bjs e um ótimo final de semana.
-Carmen Lúcia

Andreia Morais disse...

Excelente texto!

r: Muito obrigada :)

Edum@nes disse...

Muitas coisas acontecem!
quando menos se esperam
se desgraças não houvessem
todos mais felizes eram.

Neste mundo as pessoas,
lutar é preciso
contra as coisas menos boas
com inteligência vencer acredito!

Um conto, bem contado,
pelo poeta, Vendedor de Ilusão
na sua imaginação encontrado
guardado o tem com estimação!

Bom fim de semana, caro amigo poeta,um abraço.
Eduardo.

Unknown disse...

Muito bom mesmo.

Anônimo disse...

J.R. Viviani parabéns pelo excelente conto e também pelo blog de tão bom conteúdo. Um abraço fraterno

http://simplesmentelilly.blogspot.com.br/

Marina Filgueira disse...

Gracias vendedor de ilusiones: y feliz fin de semana para ti también.
Un beso en vuelo.

Donetzka Cercck L. Alvarez disse...

Maravilhoso o conto. Eu me reportei a outra época!

Você escreve bem demais,amigo.

Parabéns e obrigada pelas visitas.

Lindo fim de semana

Beijos

Donetzka

Magia da Inês disse...


Uma terrível história muito bem contada... anos de chumbo!

Bom fim de semana, amigo!
Beijinhos.
⋰˚هჱ

Marta Vinhais disse...

Uma história interessante, enquadrada num período complicado para a história do País.
Obrigada pela partilha...
Obrigada pela visita...
Beijos e abraços

Marta

Gracita disse...

Estimado amigo Viviani

Já começou a votação para o Blogueiro de ouro lá na Ilha da Lindalva.
O link é...
”Ilha da Lindalva”
Lá estão vários banners azuis e um deles é a urna de votação
Clik nele e role a página até encontrar o mural
Indique o nome do blog para o qual você está votando... o seu é claro

Convide seus amigos para votar.

A votação se encerra no dia 10 de fevereiro.

Se houver dúvidas entre em contato por email

Um carinhoso abraço
Gracita

Graça Pires disse...

Um conto excelente que me fez lembrar outros tempos semelhantes...
Beijo.

www.elianedelacerda.com disse...

Muito lindo o texto,amiga!
Muito bom lembrarmos dos momentos vividos na época !
bjus
http://www.elianedelacerda.com

Agostinho disse...

Boa narrativa provavelmente inspirada em factos reais.
O rapazinho. pelos vistos, ainda era virgem.
Bem vendido, Viviane.

Guaraciaba Perides disse...

OI ,VIVIANI... viajei no tempo ,nos duros tempos universitários , de tantos sonhos e de tantas lembranças.O seu bar era o Grêmio da filosofia na Rua Maria Antônia onde os meninos sonhavam por um mundo melhor e um Brasil mais justo...depois no desenrolar da história acirraram-se os ânimos e tudo
se transformou ...Muito idealismo se perdeu onde também se perderam muitas vidas .Uma ficção com muito fundo de verdade.
Um abraço

Maria disse...

Maravilhosa narrativa...
Grata por nos ofertar tão belo texto
Beijinhos amigo Viviane
Uma boa semana
Maria

Anônimo disse...

Excelente texto!
Nos faz lembrar o tempo da ditadura.
Os universitários passavam vários sufixos.
Como sempre amigo perfeito!
Uma ótima semana.
Beijinhos.