Prezada leitora e caro leitor, como sabem, todo
autor tem uma razão, – um motivo, que lhe impulsiona dando inspiração para
escrever uma dada obra e raramente o leitor fica sabendo de onde veio à
inspiração para o autor; por essa razão, explico o motivo ou os motivos que me inspiraram
escrever o livro “Como
num conto de Fadas”; vamos lá:
Como num
conto de Fadas...
Editora: Clube de Autores
1ª Edição, 2011.
ISBN:978-85-912892-5-7
Nº de páginas: 381
De onde veio minha inspiração:
Quando
jovem, aí com meus dezessete dezoito, conheci uma moça; quer dizer, não conheci
propriamente, conheci de vista. No bairro em que eu morava, não só eu, todos a
conheciam, pois era uma moça bonita, bonita de fato, – bela de atrair qualquer
um.
Mas
ninguém, inclusive eu, tinha coragem de cortejá-la, pois ela passava a
impressão de ser “nariz empinado” – entojada, e além de tudo era filha de gente
abastada, - gente rica da alta sociedade que, pra começar, não morava numa
casa, morava num palacete, o que desencorajava mais ainda, - deixava todos
reticentes.
Era
uma jovem charmosa, elegante, simpaticíssima, sempre sorridente de expressão
cativante que, com seus dezesseis pra dezessete, nunca havia namorado e que
passava a impressão de ser entojada, mas não era nada disso, ela não dava
confiança pra ninguém pela simples razão de, até então, nenhum ter lhe
despertado interesse; era alguém que se preservava conscientemente e que não
saía de “namorico” com esse ou com àquele.
Até
que um dia, eu soube, ela caiu arrebatada se apaixonando por um rapaz; todavia,
lamentavelmente, pra ela, o rapaz era um “pobretão” – filho de gente humilde, e
com esse fato, é lógico, o coitado não teve permissão dos pais dela para
namorar; contudo, atraídos um pelo outro, – enamorados, não desistiam e
namoravam às escondidas talvez na esperança das coisas se ajeitarem, – eu
imaginava.
Mudei
do bairro, o tempo passou e nunca mais a vi e nem tive notícias, porém marcou:
deixou-me cheio de curiosidade aquele namoro...
Muito
tempo depois, num fim de tarde, eu estava sentado junto a uns amigos em uma
mesa externa de um bar, “batendo papo”, “jogando conversa fora”, enfim, procurando
desculpa pra tomar nossa “cervejinha”.
Entretido,
ouvindo um monte de bobagem, entre um gole e outro, vi passar na outra calçada
da rua uma moça cuja figura e semelhança trouxe à lembrança aquela moça.
Momento
depois, eu fui embora, – fui pra casa, mas pensando na moça. E não sei bem por
que continuei pensando nela, imaginando o que poderia ter acontecido: se os anseios
e desejos dela haviam sido ou não realizados e conclui que de seria muito
difícil, praticamente impossível, os pais dela aceitarem aquele namoro, só se acontecesse
algo como acontece nas fábulas, e imaginando as fábulas me inspirei escrever e
assim nasceu o “Como
num conto de Fadas...”
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