11 de junho de 2012

Crônica da Obra:


Prezada leitora e caro leitor, hoje lhes apresento minha crônica após a leitura do livro “Heranças de Sangue” do Autor Parceiro do Vendedor de Ilusão, o mais jovem escritor que conheço, o autor independente Jean Lucas; vamos à apresentação:  

 


HERANÇAS DE SANGUE

Autor: Jean Lucas
Editora: Clube de Autores
Edição: 2ª – edição revisada.
Gênero: Romance Épico
Nº de páginas: 127 

SINOPSE:
Durante a Segunda Guerra Mundial, Lucas, um jovem brasileiro de idade pouco acima dos vinte se vê em um labirinto sem saída quando recebe a informação de que seu grupo irá desembarcar na Normandia ao lado dos Americanos. Se vendo sem saída, ele corre contra o tempo fazendo de tudo possível para melhorar nas operações e em batalhas. Um soldado e tanto que lutou em batalhas ao lado de americanos e canadenses, Lucas está ao lado do amigo Wagner que serve junto dele desde que se conheceram. Agora, em territórios da França Livre fundada por Charles de Gaulle, eles são mandados para um centro de treinamento americano onde recebem os uniformes e treinamentos adequados. Acompanhe este pequeno romance cheio de aventura e descobertas incríveis.


SUMÁRIO DA OBRA:

O autor inicia esse livro com uma breve nota esclarecendo as dificuldades que teve ao escrevê-lo, pois obrigou muita pesquisa e buscas através de livros e reportagens sobre o que ocorreu no tenebroso e longo evento que foi a Segunda Grande Guerra. A maior parte das narrativas é fruto da imaginação, todavia, o personagem – Lucas é real, e nele essa história se baseia. Um jovem soldado que incorporado ao 11º RI – Cia. de Canhões Anticarro da FEB (Força Expedicionária Brasileira) lutou em suas fileiras participando de operações a exemplo da Batalha de Montese. Fazendo, logo a seguir, uma dedicatória do livro digna de louvor:

“Dedicado a todos aqueles que morreram pelo seu país na Segunda Guerra Mundial, e a todos aqueles que honraram seu país com bravura.” pág. 6 

Daí pra frente o protagonista, narrado em terceira pessoa pelo autor, discorre fatos vividos com precisão de datas, iniciando em 19 de maio de 1944 em algum lugar da França, onde as tropas se preparavam para a mais ousada e arriscada operação de guerra: a Operação Overlord.

Nesse ínterim, lendo um pequeno recorte de jornal Lucas se dava por inconformado ao ler uma notícia que revoltava dando indignação; nele se intera de que a SS de Hitler estava assassinando sem sentimentos cada vez mais judeus no leste da Alemanha. Em seguida, junto às tropas perfiladas, ouve o general italiano Herazio DiLavic falando a todos e tentando levantar o moral da tropa:

“Os reuni aqui hoje para avisar que, diante de algo tão terrível como este, está para acontecer algo muito pior. Recebi avisos do comandante Bernard Montgomery que algo muito importante está sendo planejado pelos ingleses, americanos e franceses. Vamos proceder com a Operação Overlord, destruindo aqueles desgraçados alemães filhos de ratos porcos e mandar um recado ao titio Adolf Hitler”. pág.9

Com isso, fica sabendo de que a missão deles era invadir a praia de Omaha, já fazendo comentários otimistas ao seu amigo de arma: o soldado Wagner.
Depois, retrocede a 15 de agosto de 1942 narrando a fatídica experiência que ganhou na costa norte da Rússia, ao saltar de paraquedas ouvindo as balas inimigas zoando nos ouvidos como abelhas, dando detalhes incríveis das batalhas que ali participou buscando desesperadamente se safar trocando tiros com as tropas alemãs. Voltando a 20 de maio de 1944 ao mesmo lugar em que estava na França, se preparando para a Operação Overlord; externando muita satisfação ao explicar à alguns do orgulho, tanto dele, como do amigo Wagner, apesar de brasileiros, por terem, tempos antes, servido juntos no Exército Italiano. Daí volta a 16 de agosto de 1942 narrando, outra vez, suas experiências na costa norte da Rússia. Em cada uma dessas narrativas, - em cada uma das datas, além de citar pelo que passou, termina expondo em seus manuscritos sua opinião sobre os lamentáveis fatos.
E assim vai, data por data, e em muitos desses episódios termina com as cartas que escrevia para seus familiares, e em outros lendo emocionado as cartas que recebia.
 
“Lucas, recebemos a carta do seu general, me aliviou saber que você está bem, mas também me preocupou saber de sua conturbação. Você pode ser forte, mas também tem sentimentos e emoções, por isso você está vulnerável a qualquer coisa. Não vou pedi-lo para voltar pra casa, porque isso também não me faria bem, saber que você largou seus deveres. Só espero que você fique bem, e saiba que eu e seu pai rezamos por ti todos os dias. Mamãe”. pág 75

06 de junho de 1944, o grande dia chega, e com os primeiros raios de luz, Lucas, com as tropas, desembarca na praia de Omaha – costa da Normandia – sob rajadas e mais rajadas das metralhadoras inimigas atingindo um sem número de soldados. As tropas aliadas lutavam heroicamente, mas a topografia do terreno favorecia as tropas alemãs ali reunidas em grande número e com poder bélico imenso. Essa, seguramente, foi a pior e a mais desastrosa campanha aliada na Segunda Guerra. Lucas, assim como os demais, procurava se proteger da artilharia inimiga que era devastadora, todavia, felizmente, os alemães cedem terreno e as tropas aliadas seguem em frente. Dias mais, nessas incursões, seu amigo Wagner é atingido. Enquanto o amigo era atendido pelos enfermeiros do pelotão, Lucas defendia atirando em todos que via, até que uma bomba explode lhe tirando os sentidos. 

24 de dezembro de 1945 em algum lugar do Paraná. Lucas andava pelo gramado da casa onde morava e vê na caixa de correio uma carta; ao pegá-la se encanta, pois era carta do seu amigo de batalhas – Wagner, lhe desejando um Feliz Natal. 

O livro termina com um epílogo emocionante, onde o protagonista descreve coisas interessantíssimas, tornando sua leitura ainda mais atraente.

MINHA OPINIÃO:
Trata-se de um livro simplesmente fenomenal, que usa como tema e se desenrola durante um dos mais nefastos períodos vividos pela humanidade; contendo narrativas, além de reais, surpreendentes pela exatidão e clareza; sem falar nos diálogos que são merecedores de elogios. Uma obra impecavelmente escrita, com formatação e gramatura convidativa, com espaçamentos adequados, o que encoraja e anima ainda mais sua leitura. Não posso externar outra coisa, senão parabenizar o jovem e talentoso autor por essa obra magnífica, – espetacular e rara eu diria. Além de recomendar eu insisto: Não deixem de ler “Heranças de Sangue”, pois, assim como eu, irão apreciar tenho certeza.
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Espero que tenham gostado da minha crônica e sido atraídos pela obra do autor.
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