Caros amigos, hoje descrevo a vocês o que me impulsionou
e inspirou escrever o livro “Reflexo
da Luz...”; vamos lá:
REFLEXO DA LUZ...
Editora: Clube de Autores
1ª Edição, 2011.
ISBN: 978-85-912892-6-4
Nº de páginas: 410
De onde veio minha inspiração:
Quando
jovem, por volta dos meus vinte, eu gostava de jogar futebol, e aqui entre nós,
modéstia à parte, eu acho que jogava bem, pois eu era até disputado para fazer
parte de alguns times. E para não fazer desfeita a ninguém, eu jogava aos
sábados à tarde por um time e domingo cedo por outro e assim ia...
Num
certo sábado ensolarado, de uma tarde quente com calor de fritar, fomos jogar
no campo de um time adversário; um campo ruim que só vendo, – cheio de buracos,
tinha mais buraco que grama. E não aconteceu outra coisa: correndo pra cá e pra
lá, eu pisei num desses buracos e torci o tornozelo. Além da dor, inchou tudo
na hora, eu nem podia pisar de tanta dor.
O
nosso massagista tentou dar jeito fazendo “as dele”: passando pomada e outras
coisas, mas não adiantou muita coisa não! Em resumo: fui pra casa
“manquitolando” e com uma dor danada.
No
domingo, por não conseguir pôr o pé no chão, eu não fui jogar pelo meu outro
time, o que, claro, chamou a atenção da “rapaziada”.
Logo
depois do almoço apareceu em casa um amigo querendo saber o porquê de eu não
ter ido, e não precisei explicar muito, era evidente. Conversa vai conversa
vem, ele me sugeriu ir a um massagista que ele conhecia. Preocupado por ter que
trabalhar no dia seguinte e não poder andar, sem procurar saber maiores detalhes,
eu acabei aceitando a sugestão e fui com ele a esse “tal” massagista.
Ao
chegarmos ao local: um terreno enorme, todo ajardinado, com as construções no
fundo, eu estranhei ver tantas pessoas espalhadas aqui e ali pelo terreno, mas
não perguntei ao amigo e fui entrando “manquitolando” e me apoiando no ombro
dele.
Como
estava muito difícil pra eu andar, o amigo percebendo quis dar-me uma trégua e
paramos. Nisso, notei algumas pessoas vestidas de branco na varanda da casa, e
um deles sentado me dando a impressão de ser o “tal” massagista.
Não
demorou, não sei por que e o amigo tão pouco, alguém sinalizou para nos
aproximarmos e lá vou eu me apoiando no ombro do amigo. Ao entrar na varanda, outra
pessoa também vestida de branco, – uma mulher linda de encantar, puxou uma
cadeira pra eu sentar na frente daquele que estava sentado.
Aí
as “coisas” começaram a me preocupar: o homem, um senhor de cabelos brancos, sério
que só ele, ficou me olhando de um jeito que me dava arrepios. Em seguida, sem
perguntar absolutamente nada, apontou meu pé, dizendo:
—
“Tira, tira! Tira o sapato e a meia do pé.”
Aquilo
que me causou mais estranheza ainda. Como ele sabia que aquele era o pé que me
doía? Mas enfim..., me fez esticar a perna e colocar o pé sobre o joelho dele e
aí as “coisas” começaram a piorar, – mais dúvidas ainda. Calado, sem dizer
nada, de olhos cerrados parecendo que rezava, ficou passando a mão sobre meu
tornozelo. Em seguida, abriu os olhos e deu um tremendo puxão no meu pé, que
além de ouvir o estalo, quase cai no chão. Depois disso, tirou minha perna do
joelho, cruzou os braços e ficou me olhando... Dali a pouco, disse aos sorrisos:
—“Vai
filho, vai com Deus! E toma cuidado quando jogar futebol outra vez, hein!”.
Atônito,
– zonzo com a situação, calcei a meia e o sapato e fui saindo da varanda; de
tão admirado até ia esquecendo de perguntar quando eu devia pelo atendimento. Quando
volto, na dúvida de perguntar ao homem, perguntei àquela bela senhora, que ao
responder, pôs a mão no meu ombro sorrindo, dizendo de forma afável e muito
agradável:
—“Não
se preocupe! Ele não cobra nada!”.
Com
isso, acabei deixando a casa do homem mais zonzo do já estava. Como é que podia
um “negócio” daqueles? Eu não sentia absolutamente mais nada, e, além disso,
como ele podia agir como agiu? Era adivinho, ou quê? Como sabia qual pé me
doía, e como soube que foi jogando futebol? Não dava pra entender, me causando
extrema curiosidade. Quem era aquele homem afinal?
Muito
curioso com o inusitado ocorrido, busquei saber tudo sobre ele. Foi quando
soube, entre outras coisas, que ele não era um mero massagista e sim um
renomado médico que dava atendimento espiritual às pessoas, – cuidava do corpo
através da fé das pessoas. E o fazia de forma benévola e abnegada sem nenhum
interesse financeiro, que, segundo diziam, parecendo ler a mente das pessoas, como
foi o meu caso, realizava verdadeiros milagres ao livra-las dos males que as
acometia...
O
tempo foi passando e eu não tive mais nenhum contato, todavia, fiquei com
aquilo gravado na memória, pois foi uma experiência que marcou profundamente.
Um
belo dia, muito tempo depois, eu me inspirei a escrever sobre a história e a
vida dele, claro que tudo por imaginação, mas calcada em um fato verídico inquestionável.
E
foi assim que, com muita satisfação e inegável orgulho, nasceu o “Reflexo da
Luz...”, e o título eu escolhi por julgar que somente os predestinados
e eleitos transmitem a outros, através de seus atos, luz Divina...
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