Dois
enterros
Meus pássaros não param de
morrer.
Esta manhã dois corpos
recolhi
: um na esquina onde te
perdi,
outro à janela em que me vi
perder.
Duas rasas covas ternamente
abri,
pois cada morto é parte do
meu ser,
e como eu não soubesse o
que dizer
um epitáfio a cada um
escrevi.
Ao meu primeiro pássaro:
Aqui jaz
um amador que, por perder
uma asa,
dormita, agora, em ninhos
abissais.
E ao meu segundo pássaro:
Aqui jaz
a pomba branca que fugiu de
casa
e não retorna nunca, nunca
mais...
* * *
André Foltran
Direitos Autorais Reservados ®
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criações do autor.
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19 comentários:
Bom dia André,
Sua poesia linda embora triste, chega bem a contento.
Tudo que passa pela nossa alma nos deixa saudades.
Parabéns poeta
Lua Singular
Um belíssimo poema, André.
Porque os pássaros também morrem.
xx
Bom dia,André!
Acompanhando teu trabalho a partir de hoje. Estou amando teus escritos. Parabéns!
André, novos pássaros cantarão no seu jardim.
Gosto dos seus poemas.
Beijos!
Bom dia André,você descreve com muita tristeza a dor de uma saudade,aquela que fica n'alma,mas nesse jardim outros pássaros estarão voejando.
Parabéns pelos versos.
Carmen Lúcia.
¡Hola, André!!!
Exquisitos sonetos nos dejas, dignos muy dignos de una mirada detenida.
Te dejo mi felicitación
Ha sido un placer pasar a leerte.
Un beso en vuelo.
Um poema que falam de morte, no dia em que em Portugal se comemora o dia de finados. Muito apropriado, embora estejamos mais habituados a poetizar a vida.
Um abraço e bom domingo.
Olá,
Um profundo poema onde cada verso exprime uma dor dilacerante... atenuada pelo poetar brilhante...
Parabéns!!!
Abraços fraternos
Lindo poema!!
Mostrando profundo dor,na perda do amor!!
Parabéns! Linda participação.
Beijinhos.
Pode-se criar uma imagem quase real, a partir dos versos. A alegoria sobre a expressão e transformação da dor da perda ficou perfeita. Meus cumprimentos, André. Já conhecia seu talento.
Abraços/
Rosa Mattos
http://contosdarosa.blogspot.com
Olá, André Faltran !
Belos e melancólicos versos,
emergidos da alma sofredora.
Parabéns, dileto Poeta, e um
fraterno abraço.
Sinval.
Una maravilla de Soneto donde la Melancolía y la Ausencia dan armonía a tus Tristes y bellos Versos.
Un saludo.
Andre..
Concordo com a escritora Rosa..
Seus versos é quase real mesmo se tratando dos pássaros...
Foi muito bem definido a dor da perda ,mas mesmo assim s~eu poema ficou especial.
Uma feliz semana abraços.
Evanir.
Os pássaros não morrem, eles são como a fênix, ressurgem das cinzas.
Bom dia, André!
OI ANDRÉ!
BELEZA PURA EM FORMA DE PALAVRAS, TRANSFORMADAS EM VERSOS E ENCANTANDO POR SUA BELEZA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Oi André vim conhecer teus versos aqui no Vendedor de Ilusões.
Gostei de tua sensibilidade em falar da morte, que chega até para os pássaros...
Boa semana e abraço carinhoso.
Olá Andre.
Ah a tristeza!
Fonte inesgotável de inspiração.
Parabéns! Lindo poema.
Parabéns pelo poema realista. Um abraço, Yayá.
Bem intenso o poema. Como disse Manoel de Barros, tudo é bom para poesia.
Parabéns ao autor.
Abraços
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