2 de novembro de 2014

Prosas Poéticas na 17ª apresentação traz a criação de:



Dois enterros



Meus pássaros não param de morrer.
Esta manhã dois corpos recolhi
: um na esquina onde te perdi,
outro à janela em que me vi perder.

Duas rasas covas ternamente abri,
pois cada morto é parte do meu ser,
e como eu não soubesse o que dizer
um epitáfio a cada um escrevi.

Ao meu primeiro pássaro: Aqui jaz
um amador que, por perder uma asa,
dormita, agora, em ninhos abissais.

E ao meu segundo pássaro: Aqui jaz
a pomba branca que fugiu de casa
e não retorna nunca, nunca mais...


* * *
     André Foltran      
Direitos Autorais Reservados ® 

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19 comentários:

Lua Singular disse...

Bom dia André,

Sua poesia linda embora triste, chega bem a contento.
Tudo que passa pela nossa alma nos deixa saudades.
Parabéns poeta
Lua Singular

Laura Santos disse...

Um belíssimo poema, André.
Porque os pássaros também morrem.
xx

Joana disse...

Bom dia,André!

Acompanhando teu trabalho a partir de hoje. Estou amando teus escritos. Parabéns!

Shirley Brunelli disse...

André, novos pássaros cantarão no seu jardim.
Gosto dos seus poemas.
Beijos!

Carmen Lúcia.Prazer de Escrever disse...


Bom dia André,você descreve com muita tristeza a dor de uma saudade,aquela que fica n'alma,mas nesse jardim outros pássaros estarão voejando.
Parabéns pelos versos.
Carmen Lúcia.

Marina Filgueira disse...

¡Hola, André!!!

Exquisitos sonetos nos dejas, dignos muy dignos de una mirada detenida.
Te dejo mi felicitación
Ha sido un placer pasar a leerte.
Un beso en vuelo.

Elvira Carvalho disse...

Um poema que falam de morte, no dia em que em Portugal se comemora o dia de finados. Muito apropriado, embora estejamos mais habituados a poetizar a vida.
Um abraço e bom domingo.

Roselia Bezerra disse...

Olá,
Um profundo poema onde cada verso exprime uma dor dilacerante... atenuada pelo poetar brilhante...
Parabéns!!!
Abraços fraternos

Anônimo disse...

Lindo poema!!

Mostrando profundo dor,na perda do amor!!
Parabéns! Linda participação.
Beijinhos.

Contos da Rosa disse...

Pode-se criar uma imagem quase real, a partir dos versos. A alegoria sobre a expressão e transformação da dor da perda ficou perfeita. Meus cumprimentos, André. Já conhecia seu talento.

Abraços/

Rosa Mattos
http://contosdarosa.blogspot.com

Sinval Santos da Silveira disse...

Olá, André Faltran !
Belos e melancólicos versos,
emergidos da alma sofredora.
Parabéns, dileto Poeta, e um
fraterno abraço.
Sinval.

Anônimo disse...

Una maravilla de Soneto donde la Melancolía y la Ausencia dan armonía a tus Tristes y bellos Versos.
Un saludo.

Evanir disse...

Andre..
Concordo com a escritora Rosa..
Seus versos é quase real mesmo se tratando dos pássaros...
Foi muito bem definido a dor da perda ,mas mesmo assim s~eu poema ficou especial.
Uma feliz semana abraços.
Evanir.

Vanuza Pantaleão disse...

Os pássaros não morrem, eles são como a fênix, ressurgem das cinzas.
Bom dia, André!

Zilani Célia disse...

OI ANDRÉ!
BELEZA PURA EM FORMA DE PALAVRAS, TRANSFORMADAS EM VERSOS E ENCANTANDO POR SUA BELEZA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/

lia disse...

Oi André vim conhecer teus versos aqui no Vendedor de Ilusões.
Gostei de tua sensibilidade em falar da morte, que chega até para os pássaros...
Boa semana e abraço carinhoso.

cris disse...

Olá Andre.
Ah a tristeza!
Fonte inesgotável de inspiração.
Parabéns! Lindo poema.

Artes e escritas disse...

Parabéns pelo poema realista. Um abraço, Yayá.

Lu Nogfer disse...

Bem intenso o poema. Como disse Manoel de Barros, tudo é bom para poesia.
Parabéns ao autor.

Abraços